
Entrei vagarosamente pelo corredor da sala e ela estava a minha espera. Degustava uma sobremesa que havia feito a pouco tempo. Olhou-me com os olhos de desejo, indagando o que eu fazia à espreita, parado e imóvel no corredor. Aproximei dela, conduzia até a cozinha e, virando-a frente a mim, disse o quão era feliz amando-a cada vez mais. Com ar cínico, curvou-se de mim e perguntou se eu a amava tão bem quanto dizia, que demonstrasse a ela. Disse q não seria necessário demonstrar meu afeto e sentimento, pois eram puros e contínuos. Mas ela insistia, e com o sôrfego de tua boca, repetia vagarosamente a proposta. Imediatamente, ajoelhei em seus pés, fitei a com os olhos abaixo, agarrei suas pernas e recitei um poema:
"De tudo que há em mim, cantei por te encontrar
Do que haveria de ser, em mim meu coração aquietou
Sempre quis te encontrar e, eis que enfim encontrei
Amarei-te sempre e eternamente, assim meu coração
Jurou!"
Com lágrimas efervecentes nos olhos, ela abaixou-se à mim, abraçou-me e disse que nenhum homem a teria amado, como eu a amara naquele dia. Que não seria pra hoje e nem para agora, mas sim que fosse eterno! O marejo em seus olhos, me fez sentir o quanto seu coração pulsava e correspondia ao meu. Fomos para a sala de estar e nos degustamos com o sabor de nosso amor entrelaçado entre os nossos lábios, cheios de prazer e fervorosamente recheados de paixão.
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